quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Livro: Uma carta por Benjamin
Tíulo: Uma carta por Benjamin
Autora: Jana Lauxen
Editora: Multifoco
Publicação: abril de 2009
136 páginas
Uma carta por Benjamin conta a história de Benjamin, um cara super apático, que vive de mesmice, da sagrada rotina, isolado e distante. Se não fosse o fato de ele simplesmente não se incomodar com a insistência em ser uma ilha, eu diria que esse cara tem Síndrome de Asperger. Benjamin não é dado a contatos sociais, mal percebe as pessoas a sua volta, um umbigão só. Não quer saber de se involver com nada, nem ninguém. Faz o trabalhinho medíocre dele para se sustentar (manter-se vivo, porque ôôôô vidinha insossa!) e faz tudo igual todo o santo dia.
Até que sem mais nem menos, um dia ele recebe uma carta pelo correio. Pelo correio!!! Quem recebe carta pelo correio hoje em dia??? Em plena era da internet??? Pois uma tal de Madalena começa a escrever cartas para Benjamin. Cartas íntimas, como se o conhecesse (pobre Benjamin não lembra de nenhuma Madalena!). E a partir daí a vida de Benjamin muda porque querendo ou não (e no caso dele não querendo mesmo), Benjamin é sugado para dentro de uma conspiração onde mesmo sem querer ele não tem opção mas tomar uma atitude.
Uma história que cutuca. Quantos de nós faz questão de fazer o possível para não se envolver com nada e com ninguém? Quantos de nós não prezamos a segurança de nossos casulos e só sairíamos de lá à forceps???
Se eu gostei do livro? Sim, bastante. Essa menina escreve muito bem (ainda vai se ouvir falar muito dela e ha ha! Morra de inveja, meu exemplar é autografado!); você quer virar a página morrendo de curiosidade, a história flui mesmo. E esse tal Benjamin? É conhecido de todos, ou você o conhece de dentro, ou já viu por aí.
Para quem ficar interessado em saber mais sobre a autora http://janalauxen.blogspot.com/.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Minha experiência frustrada com um clube de leitura
Quem me conhece sabe que eu leio um bocado. Não saberia viver sem livros, sem histórias, sem um outro mundo, sem poder ser outras pessoas de um jeito "seguro" (é que até dá para ser outras pessoas no dia a dia, mas é mais complicado e essa é outra história...). Sim, porque quando eu leio, eu entro no livro, eu sou as personagens.
Uma vez me inscrevi num "reading group", um grupo de leitura organizado pela biblioteca local. Funcionava como, presumo eu, tudo o que é grupo de leitura: todos leem o mesmo livro, reúnem-se e dissecam a leitura. Era um grupo pequeno, umas doze pessoas no máximo, todos ingleses, desde aposentados até professores da rede pública. Nós nos reuníamos uma vez por mês e li uns livros bem interessantes durante o ano que frequentei o grupo. Só que, além de um livro por mês ser uma merreca, o tempo do encontro era muito curto e eu sempre saía com a impressão de que poderia ter sido melhor a discussão. Não que eu contribuísse lá grandes coisas, mas talvez porque os integrantes não se conhecessem fora do grupo - e aí é sempre mais difícil dar a cara para bater - eu ficava com a impressão de que faltava profundidade, emoção, associações livres coerentes e também estapafúrdicas, comentários interessantes. Era sempre tudo muito superficial, muito impessoal. O organizador do grupo se aposentou e eu junto, pelo menos desse grupo.
E lá se foi toda a minha ideia fantasiosa de que grupos de leitura são empolgantes, regados a vinho (talvez fosse exatamente esse ingrediente que estivesse faltando no grupo acima citado) e conversas progidiosas entre pessoas interessantes. Uh huh.
Agora diga-me, não é bom ler e poder trocar ideias sobre um livro, poder compartilhá-lo com outro ser, quem sabe escutar uma outra perspectiva?
Bom, como eu raramente tenho com quem falar sobre os livros que eu leio, os muitos filmes e os pouquíssimos musicais do West End que eu já assisti - e por aí vai - resolvi que vou comentá-los aqui mesmo. E começo amanhã porque hoje já não dá mais tempo.
Uma vez me inscrevi num "reading group", um grupo de leitura organizado pela biblioteca local. Funcionava como, presumo eu, tudo o que é grupo de leitura: todos leem o mesmo livro, reúnem-se e dissecam a leitura. Era um grupo pequeno, umas doze pessoas no máximo, todos ingleses, desde aposentados até professores da rede pública. Nós nos reuníamos uma vez por mês e li uns livros bem interessantes durante o ano que frequentei o grupo. Só que, além de um livro por mês ser uma merreca, o tempo do encontro era muito curto e eu sempre saía com a impressão de que poderia ter sido melhor a discussão. Não que eu contribuísse lá grandes coisas, mas talvez porque os integrantes não se conhecessem fora do grupo - e aí é sempre mais difícil dar a cara para bater - eu ficava com a impressão de que faltava profundidade, emoção, associações livres coerentes e também estapafúrdicas, comentários interessantes. Era sempre tudo muito superficial, muito impessoal. O organizador do grupo se aposentou e eu junto, pelo menos desse grupo.
E lá se foi toda a minha ideia fantasiosa de que grupos de leitura são empolgantes, regados a vinho (talvez fosse exatamente esse ingrediente que estivesse faltando no grupo acima citado) e conversas progidiosas entre pessoas interessantes. Uh huh.
Agora diga-me, não é bom ler e poder trocar ideias sobre um livro, poder compartilhá-lo com outro ser, quem sabe escutar uma outra perspectiva?
Bom, como eu raramente tenho com quem falar sobre os livros que eu leio, os muitos filmes e os pouquíssimos musicais do West End que eu já assisti - e por aí vai - resolvi que vou comentá-los aqui mesmo. E começo amanhã porque hoje já não dá mais tempo.
E inclusive já sei bem direitinho por onde começar! Vai ser com uma escritora gaúcha de Pelotas.
He he!
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